Quando se fala em energias alternativas, logo se imagina algo fora da realidade cotidiana, algo teoricamente possível mas ainda impraticável. Pois há tantas pequenas fontes alternativas tão próximas que a gente pergunta porque não fizeram isso antes.
A Sabesp, empresa de água e esgoto de São Paulo, criou uma fonte muito simples de energia hidrelétrica: a água que sai do reservatório (que nem sempre está no alto de uma montanha, claro) precisa ser bombeada para chegar nas estações de tratamento de água (ETA), na cidade, certo? E daí ela pode descer por gravidade para os bairros, ok? Imagine a quantidade de água que passa nos dutos, e a que velocidade! Ninguém nunca havia pensado em colocar uma turbina nesse ponto, e toda essa energia era desperdiçada!
A empresa assinou no fim de Fevereiro último, o primeiro contrato de 20 anos com as vencedoras da licitação (consórcio Tecniplan e Servitec) para esta utilização: com um investimento de R$27 milhões, pode-se gerar 7MW de energia que, vendida, gerará R$8 milhões por ano - ou seja, em menos de 4 anos o investimento retorna e a Sabesp ainda fica com 23% da energia gerada, o que não é pouco, já que a energia é seu principal insumo.
Quanto desperdício não haverá Brasil afora nas ETAs? Um grande volume de energia, numa distância muito pequena do consumidor: será que precisamos de Belo Monte mesmo?
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